Templo do Som

Bem Vindos ao Mundo da Música

Archive for agosto \31\-03:00 2006

The Strokes – Biografia [Parte I]

Posted by Paulo Grossi em agosto 31, 2006

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Nick Valensi (Guitarra) Julian Casablancas (Vocal)
Albert Hammond Jr. (Guitarra) Nikolai Fraiture (Baixo)
Fabrizio Moretti (Bateria)

Formado por jovens com menos de 20 anos, o Strokes apareceu na cena nova-iorquina em 1999 quando eles começaram tocando em festas de Nova York, e não demoraram a começar a fazer sucesso pela cidade Após gravar uma fita com três músicas, que em setembro de 2000 ganhou o nome The Modern Age, o lendário produtor Geoff Travis recebeu uma dica e logo concordou em lançar a demo no formato EP, em sua prestigiada gravadora independente, a Rough Trade Records. O disquinho chegou às lojas em janeiro de 2001. Em fevereiro os Strokes chegaram à Inglaterra, lotando todos os shows de sua primeira turnê pelo país e ganhando elogios da exigente imprensa musical britânica. “Sejamos francos: os Strokes são os filhos da mãe mais quentes do momento. Eles viajam no romance e na paixão do punk rock nova-iorquino, mostrando a poesia urbana com fúria em canções pop que misturam amor, ódio e luxúria, além da agonia cortante da incompreensão “(New Musical Express, 17 de fevereiro de 2001).

Turbinados por vocais rasgados, linhas espertas de guitarra e frases que grudam na memória, os Strokes conseguem novidades a partir de um som inspirado no passado. Através de seus shows eles angariaram um poderoso boca-a-boca pelos Estados Unidos ao excursionar como atração de abertura de bandas como o Guided By Voices e os Doves. A adormecida cena roqueira de Nova York despertou e agradeceu. E a BMG venceu a disputa e contratou os meninos.

Oriundos de famílias classe-média-alta, estes cinco meninos de Nova York já estavam inseridos no mundo da música e da mídia antes mesmo de começarem a tocar. Um bom exemplo é o de seu guitarrista, Albert Hammond Jr., filho do famoso e bem sucedido compositor Albert Hammond.

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Com gritantes influências de Lou Reed e dos Stooges, os Strokes fazem um som mais light, porém poderoso. Eles não admitem suas influências, mas parecem gostar da inevitável comparação com o Velvet Underground. Numa entrevista para o portal Terra, Fabrizio Moretti, o baterista que é brasileiro (ele nasceu no Rio e foi para Nova York ao 4 anos) disse: “tem aquela coisa de vender a música (…) então alguns críticos inicialmente nos rotularam assim, e foi ficando. Mas as comparações com o Velvet Underground e outras bandas eu acho legais, pois são todas coincidentemente minhas favoritas”.

Ao mesmo tempo, a imprensa norte-americana estava descobrindo a banda graças a uma série de shows no Mercury Lounge de Nova York, em dezembro de 2000. O quinteto recebeu elogios rasgados do New York Times, do Village Voice, do Paper e apareceu duas vezes na Rolling Stone. Nas páginas da mais importante revista de música dos Estados Unidos, David Fricke escreveu: “Os Strokes são a primeira grande emoção no rock de Manhattan este ano. Já os vi ao vivo e eles têm um disco inteiro de ótimo material em si” (27 de fevereiro de 2001).

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As canções do Strokes trazem consigo toda uma rebeldia que surge da união da força jovem + a vontade de colocar as angústias pra fora, um desabafo. O líder da banda é o cantor e principal compositor e guitarrista Julian Casablancas que juntamente com os outros integrantes da banda misturam uma autoconfiança inesgotável, associada a uma insegurança difícil de se esconder, típica da fase inicial do grupo. Em Hard to Explain, a banda combina seu garage rock com melodias grudentas, em uma canção que pode ser considerada uma das melhores músicas do disco. Is this it? mostra toda a alegria que os Strokes têm como jovens, cheios de autoconfiança ao som de uma linha de baixo saltitante; Soma, Someday, e Take it or Leave It são os Strokes em seus momentos mais exuberantes. A banda é capaz de fazer a velha combinação guitarra-baixo-bateria parecer uma novidade para o ouvido dos roqueiros mais aficcionados.

Uma curiosidade sobre o disco Is this it? é que a capa original do disco foi censurada nos Estados Unidos, mas que no Brasil continuou sendo a mesma. E a canção New York City Cops que acabou retirada do CD, na última hora, por conta dos ataques terroristas a NY, pois naquela época a mídia americana queria evitar ao máximo uma exposição dos “heróis” do 11 de setembro. Porém para a felicidade dos ouvintes não americanos a música foi incluída no CD distribuído para os outros países inclusive a versão brasileira.

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Assim os ingressos da turnê começaram a se esgotar rapidamente, e os shows do Strokes se tornaram bem mais badalados que os da atração principal. A NME deu chamada de capa para uma curtíssima resenha de um show do Strokes no Texas e nem falaram do Doves, prata da casa.

Depois de uma curta turnê nos Estados Unidos o Strokes já estava excursionando pela Europa, participando dos principais festivais europeus como no estival 02 Wireless no Hyde Park londrino, sendo que as apresentações da banda sempre eram acompanhada de casas lotadas e público indo ao delírio e muita, mas muita gente querendo ouvir que som era esse que vinha da “big apple” americana.

Paulo Grossi [PG]

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Feliz Aniversário !!!!

Posted by Paulo Grossi em agosto 29, 2006

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Pois é gente o Templo do Som acabou de completar no dia 28/08/06 um mês de vida. Nesse primeiro mês de vida já temos mais de 2.500 visitas e tudo isso graças a você visitante e amigo freqüentador desse templo sagrado da música de qualidade, que nos privilegiou com sua visita e ainda repassou o nosso blog para amigos e colegas no famoso esquema do boca a boca fazendo com que tivéssemos um bom número de visitantes diários.

Mas isso é só o começo, além do novo visual do blog que agora está mais prático e bonito você pode acessar todas as informações de maneira rápida e fácil bastando clicar nos menus laterais. Além da mudança no visual estamos com mudanças programadas para mais a frente, assim que terminarmos de postar os 10 álbuns mais significativos do novo rock, que ainda esta na metade.

Por isso contamos com o apoio de vocês, comentando todos os tópicos dando sempre sugestões e o mais importante divulgando a música de qualidade aquela que vale a pena ser ouvida e desfrutada da melhor maneira possível, aqui no Templo do Som.

Abraços e Avante!

Paulo Grossi [PG]

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Audioslave – Cochise [Vídeo]

Posted by Paulo Grossi em agosto 22, 2006

Esse é o primeiro video-clipe do primeiro single da banda intitulado Cochise. A música é
considerada por muitos o cartão de visita da banda, pois mostra de forma indelével todas as
suas qualidades sonoras.

Uma curiosidade desse clipe é que ele foi filmado em uma base aérea americana desativada, e como no clipe o consumo de fogos de artifícios é muito grande, a população vizinha achou que a base estava pegando fogo.

Paulo Grossi [PG]

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Audioslave – Self-Titled [2002]

Posted by Paulo Grossi em agosto 22, 2006

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Há muito aguardado desde a fusão dos remanescentes do Rage a Chris Cornell, o album
Audioslave chegou as lojas em 2002, já fazendo alarde. A grande questão que se fazia na época do lançamento era: Que som sairá dessa fusão de estilos?

Muitos achavam que a banda era apenas uma jogada de marketing organizada pelos antigos integrantes do Rage juntamente com os empresários de Chris Cornell, e que essa fusão tendia certamente ao fracasso. Não dava mesmo para adivinhar se a banda teria um futuro próspero ou se seus integrantes irião se separar ali adiante. O futuro ainda era incerto. Mas o que era dúvida rapidamente se transformou em certeza. O som dos caras veio pra ficar, e não só isso, o nome Audioslave será lembrado sempre como uma das melhores bandas já reveladas nesse início de século.

O disco inicia extremamente impactante já na primeira música “Cochise”, que se revela o verdadeiro cartão de visitas do Audioslave. Nessa canção estão presentes todos os elementos que marcaram a banda: os riffs de guitarra magistrais – marca registrada de Tom Morello, juntamente a uma decarga emocional impressionante no vocal sempre poderoso de Chris Cornell. Além disso Cornell é um exímio letrista como deixa bem claro a passagem: “I’m not a martyr / I’m not a prophet / And I won’t preach to you”, um tapa na cara de todos aqueles que suspeitavam que o Audislave seria apenas mais uma banda sem nada a dizer.

“Cochise” é a música forte, a marca registrada da banda no primeiro disco. Por isso a
decepção dos integrantes quando estes souberam que essa e outras músicas vazaram
na internet, pois tinha-se o medo de que no lançamento oficial do disco ela não teria o mesmo impacto. Coisa que felizmente acabou não ocorrendo.

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O disco continua com as explosivas “Show Me How To Live” e “Gasoline”. A certinha “Show Me How To Live” é a mais balada das duas, com um riff marcante e muito bem executado por Morello. No finalzinho, uma surpresa: Chris Cornell termina a música berrando em alto estilo e estica ao máximo o grito até surgirem efeitos eletrônicos psicodélicos em sua voz, imitando uma cítara indiana!

Já em “Gasoline” é Tom Morello, reconhecível à quilômetros é que dá o tom (sem trocadilhos) da música. No refrão, há uma grande variação do riff aparentemente simples que gera um efeito final espetacular. A música é amparada pelo sempre potente vocal de Chris Cornell. A letra da música assim como a melodia trata da angústia e da vontade de se apagar algumas coisas da memória, por isso, nada melhor do que queima-las com Gasolina!

“What You Are” é uma canção mais carregada que a abusa da força da guitarra de Morello que é de fazer tremer os vidros das janelas, possui ainda um refrão que nã sai da cabeça facilmente.

“Like A Stone” é de longe a música mais famoso do disco. A música retrata de forma clara a simbiose existente entre os elementos da banda. Na parte do solo há uma perfeita sincronia entre o riff e o violão mostrando que uma banda de Rock pode se arrisca a fazer uma música mais pop sem comprome ter o andamento do restante do disco. Afinal de contas como dizia Keith Richards: “Você só pode ter uma boa banda de Rock se tiver conseguido fazer uma boa balada”.

Já “Set If Off” é o vai tomar no ** de Chris Cornell, clichê? Pode ser. Mas o que se destaca nessa faixa são os riffs de Tom Morello. A música fica mais palatável no seu segundo movimento quando ela retoma uma musicalidade mais rítmica e menos bombástica.

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“Shadow of the Sun” começa devagar e depois revela um refrão de arrepiar qualquer fã do
Soundgarden. É o momento que o Audioslave mais se aproxima da antiga banda de Cornell, valendo ressaltar as guitarras pesadas e o refrão bem característico. A música é muito bem estruturada e viajante, não é a toa que ela foi escolhida para embalar as aventuras de Tom Cruise e seu personagem malvado e sanguinário no filme Colateral. A Sombra do Sol como é traduzida a música mostra de forma excepcional a capacidade de Tom Morello para executar riffs psicodelicamente perfeitos, bem como de um baterista que só falta “cobrir a bateria de porrada” para que ela possa extrair mais som. O final da música termina com o mesmo vocal gritado de Cornell mostrando sua influência na construção do som da banda.

“I Am The Highway” já dá o tom da parte menos criativa do disco, sendo salva por um arranjo bem sacado da banda. Ainda assim, “I Am The Highway” se apresenta sem uma maior ousadia nos arranjos,é como aquela flor de plástico, de longe parece de verdade.

Na faixa seguinte, o Audioslave acorda e retoma o peso com “Exploder”, uma das músicas mais porrada do disco.  a música nos faz lembrar do rock contem porâneo com o vocal de Cornell nos fazendo lembrar de bandas como Korn por exemplo.

“Hypnotise” é o ponto de interseção da banda pois ela é bem diferente de tudo o que Rage Against The Machine ou Soundgarden já fizeram. Ela lembra, no bom sentido, do disco Pop Mars do U2 pois se baseia numa levada mais dançante que nos remete a sonoridade de bandas como Depeach Mode. Chris Cornell está mais contido, num tom mais grave, com harmonia no refrão, mostrando que o Audioslave consegue lidar e bem com os mais variados estilos músicais, porém sempre se prendendo ao bom e velho Rock and Roll.

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“Bring ‘Em Back Alive” é outro peso pesado do disco, um heavy metal, com vocal distorcido e refrão marcante, que leva consigo um efeito perturbador de psicodelia graças a sempre mágica guitarra de Tom Morello e bateria disconcertante de Brad Wilk.

Já a faixa “Light My Way” é a que mais se aproxima do antigo Rage Against The Machine, pois é o momento em que o Audioslave mais relembra a sonoridade caótica da banda, com a diferença de termos Chris Cornell no vocal. Uma curiosidade é que no meio da música temos um efeito eletrônico que nada mais é do que a música padrão para alguns celulares da empresa Motorola.

“Getaway Car” é mais uma baladinha ao estilo de “Like A Stone”, pois segue a mesma trilha. Arranjo elegante da banda e vocal melodioso de Cornell, em mais um competente desempenho nos vocais. A música fala de atitude e independência, como bem explica seu refrão que seria algo como “tenha seu próprio carro e o diriga sozinha”.

“The Last Remaining Light” encerra o disco de forma serena e tranquila pois é como o
Audioslave deveria ter se sentido ao ver o trabalho concluído. Com bastante tranquilidade
também é como se projeta o Audioslave no cenário do rock atual pois como se pôde perceber durante todo o disco é que o Audioslave veio não para ser só mais uma banda,de Rock mas sim para mostrar a todos os céticos de plantão que eles vieram pra ficar.

Resenha:
Paulo Grossi [PG]

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Audioslave – Biografia

Posted by Paulo Grossi em agosto 21, 2006

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Chris Cornell (vocais),Tom Morello (guitarra),
Tim Commerford (baixo), Brad Wilk (bateria)

A história já é conhecida. O vocalista Zack de la Rocha afirmou que estaria deixando o grupo. Os motivos de sua saída, segundo ele, foram às divergências políticas e artísticas com os outros integrantes. Assim Zack de la Rocha, a voz do Rage Against the Machine deixa a banda outubro de 2000 para seguir carreira solo, enquanto os três remanescentes partiam para a busca de um novo vocalista. O futuro do Rage Against the Machine era incerto. Em Los Angeles, por sugestão do produtor Rick Rubin, os três integrantes da banda, a saber: Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) receberam o vocalista Chris Cornell para um ensaio. Cornell vinha de uma longa e bem sucedida carreira no Soundgarden, que durou até 1997, e já havia lançado um álbum solo, Euphoria Morning, em 1999. A repercussão de seu trabalho solo, mais melódico e menos pesado, foi modesta, dividindo muitos dos antigos fãs do Soundgarden, embora Chris mantivesse um público cativo que viabilizava sua carreira.

A “química” entre os ex-Rage Against the Machine e o ex-Soundgarden surpreendeu até os próprios músicos, em pouquíssimo tempo uma banda nova estava surgindo. Mas para que o projeto fosse adiante, os músicos tiveram que enfrentar vários inconvenientes:

– Gravadoras: existiam contratos em vigor com duas gravadoras distintas, e rivais. De um lado a Epic/Sony Music do Rage Against the Machine e de outro a A&M/Interscope do grupo Universal, gravadora de Chris Cornell. Através de um acordo raro na indústria fonográfica, que não foi conseguido sem que houvesse muita negociação, foi permitido aos músicos seguir em frente.

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– Questionamentos: os boatos sobre a nova banda não demoraram a surgir na internet, o que dividiu tanto os fãs de RATM quanto os fãs do Soundgarden. Do lado do RATM, os fãs lamentavam a perda de identidade do grupo, já que Cornell representa um caminho bem diferente da firmeza política e da influência hip-hop de Zack de la Rocha. Já muitos fãs do Soundgarden repudiavam Cornell justamente por entrar num grupo muito vulgarmente taxado de rap-metal. Se for para tocar rock de peso novamente, então porque o fim do Soundgarden? Mesmo entre aqueles que admiram Chris Cornell e que acompanharam a sua carreira solo, questionavam a coerência do músico, já que a união com o Rage Against the Machine significava um caminho radicalmente oposto ao que pôde ser conferido em Euphoria Morning. Mas, sem dar ouvido a esse tipo de manifestação, o futuro Audioslave permaneceu unido e disposto a provar a todos os quanto ainda é possível ousar e atingir novos horizontes com o novo trabalho.

– Turbulências: por pouco, o Audioslave não acabou antes mesmo de começar. Além de contar com duas gravadoras, a banda inicialmente contava com dois times de empresários, os “managers”. De um lado, a empresa que cuida da carreira de Chris Cornell e de outro a empresa que defendia os interesses do Rage Against the Machine. Com tanta gente dando palpites, não foi muito difícil acontecerem os primeiros conflitos. Em março de 2002, o Audioslave (que ainda sequer tinha definido o nome da banda) anunciou a participação na turnê Ozzfest (a saber, o maior festival itinerante de rock da atualidade nos EUA, promovido por Ozzy Osbourne). Com tudo definido, datas e horários dos shows (o Audioslave seria um headliner, a atração principal), Chris Cornell anuncia que está fora. Tanto da turnê Ozzfest como da banda em si. Foi um novo choque para a base de fãs do Soundgarden/Rage Against the Machine. Mas a gravadora Epic continuou anunciando que o disco seria lançado e em pouco tempo Cornell estava de volta para ficar. E a partir de então, o grupo passou a contar com apenas um manager, da empresa The Firm, de Los Angeles.

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– Nomes: Primeiro, o projeto foi batizado Civilian (na época do Ozzfest, era assim que o grupo era conhecido). Mas acontece que já existia uma banda de nome Civilian, e foi preciso procurar outro nome. Chris Cornell sugeriu Audioslave e ninguém na banda ousou discordar. Só que também já existia um Audioslave! Desta vez, a banda resolveu entrar em acordo (por acordo, leia-se $$$) com a banda homônima para continuar sendo Audioslave.

– Demos: Durante o processo de transmissão digital de demos gravadas em Los Angeles para Chris Cornell em Seattle (sim, conforme anuncia o site da banda, o Audioslave é uma banda de ponte-aérea, Los Angeles e Seattle), as músicas caíram em mãos erradas. E dali para a internet foi um pulo. Foi então que, por volta de maio, 13 músicas do Audioslave circulavam livremente pela internet. O que foi um tanto frustrante, conforme Tom Morello:

“Foi uma pena porque a gente gravou 21 músicas, e vazaram cerca de 13, exatamente o número para um álbum. E então foi muito frustrante, porque a gente sabia que aquelas demos tinham tanto em comum com o disco quanto um carvão e um diamante. (?) três ou quatro vezes por dia, alguém vinha me dizer ‘eu ouvi o seu disco’, e eu respondia ‘não, você não ouviu! Eu juro que você não ouviu!’ e eles tentavam me convencer ‘Ah não cara, eu ouvi seu disco!’ [risos].”

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O disco “Audioslave”, que efetivamente tem muito pouco da demo que vazou, chegou finalmente as lojas em novembro de 2002 e vem fazendo um moderado sucesso desde então (ganhou disco de ouro pela venda de 500.000 cópias ainda antes do final de 2002). A estréia do Audioslave nos palcos foi no programa Late Show with David Letterman no dia 25 de novembro, ainda em 2002. Depois de mais alguns shows isolados no currículo em dezembro, a banda passa boa parte de 2003 excursionando para divulgar o álbum.

O futuro de um projeto como esse é sempre imprevisível, mas depois de todos os percalços já enfrentados pelo grupo, não é insensato prever uma longa e estável carreira daqui para frente. Ao menos, é o que transparece no entusiasmo das entrevistas. Segundo Tom Morello, o Audioslave compôs mais nos últimos 8 meses do que o Rage Against the Machine em 8 anos, e a possibilidade de trabalhar com Cornell abriu a possibilidade de trabalhar as melodias nos vocais, um território não explorado durante a carreira do Rage. E acrescenta: “Não é só melodia nos vocais, é o freakin’ Chris Cornell!”.

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E confirmando as melhores expectativas, em 2005 o Audioslave chega ao teste do segundo álbum, lançando “Out of Exile” em maio. O disco foi novamente produzido por Rick Rubin e mostra um Audioslave mais entrosado, conciso, dosando o peso e o potencial pop das músicas. “Out of Exile” obteve grande repercussão nas paradas, conquistando o topo na Billboard e em diversos outros países. Para o lançamento, a banda viajou a Cuba para fazer uma inédita apresentação na ilha de Fidel Castro. O show foi gravado para lançamento em DVD. Na seqüência, a banda partiu para uma turnê européia, onde a novidade foi a inclusão de clássicos do Soundgarden e Rage Against The Machine no setlist. Antes de excursionar nos EUA, a banda voltou ao estúdio para trabalhar em novas músicas sem perder o embalo.

Plenamente afirmado no cenário hard rock atual, o Audioslave lançará seu novo disco intitulado “Revelations” no dia 05 de setembro deste ano. O disco conterá 13 faixas sendo que a faixa Original Fire já está disponível no site oficial, para quem quiser curtir o que essa grande banda prepara para setembro.

Resenha: Alexandre Luzardo
Edição e Revisão: Paulo Grossi [PG]

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The Coral – Goodbye [Vídeo]

Posted by Paulo Grossi em agosto 18, 2006

Esse vídeo clipe é uma apresentação da banda no programa Top of The Pops (algo como os melhores da semana), no dia 7 de fevereiro de 2002. Esse programa da BBC é tradicionalíssimo na TV inglesa que já contou com a participação de grandes nomes como The Rolling Stones, Beatles, The Byrds, Queen, Duran Duran, R.E.M., U2, Oasis entre outros grandes nomes da música.

A música apresentada pela banda é Goodbye que é a sexta faixa do disco The Coral
lançado em 2002.

Espero que gostem e comentem!

Abraços

Paulo Grossi [PG]

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The Coral – Self-titled [2002]

Posted by Paulo Grossi em agosto 17, 2006

The Coral – The Coral [Deltasonic]

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O álbum de estréia do The Coral é despretensioso e alegre. Mas simplesmente esses seis amigos de perturbadores 19 anos, souberam como fazê-lo parecer um grande álbum.
A variedade sonora do álbum é clara desde o início. Assim como Robert Johnson obteve seu poderoso blues do Diabo. Desse modo como Johnson, os garotos obcecados por corais, devem ter extraído seu fabuloso som de Proteus – o Deus grego dos mares, que podia mudar as formas de acordo com sua vontade.

O álbum é composto por uma junção de sonoridades que incorporam grandes doses de batidas psicodélicas, alguma coisa pop, uma pitada de dub, uma faixa de disco “groove” e até mesmo um pouco de tudo aquilo que se encontra na famosa cidade de Liverpool (próxima a cidade deles), como Beatles e seu iê-iê-iê, por exemplo. Eles fazem referência até mesmo às estranhas sonoridades marítimas em “Calendars and Clocks” – seguramente nunca escutada fora dos quarteirões da vila de pescadores de Mersey.

“Simon Diamond” e “Goodbye” têm uma ressonância parecida com a do começo do Pink Floyd. “Badman” soa como uma levada mais nervosa. “Dreaming of You” deve certamente ter sido colocada numa cápsula do tempo e enterrada em Mersey durante a época da explosão do big beat. O som e a atitude gerais podem ser comparados a um cruzamento entre Shack e Super Furry Animals.

As canções são curtas e de rachar. As melodias são rápidas e de fácil assimilação por isso não se preocupe se alguma delas te deixar cantarolando por uma semana. Apesar de pular entre estilos e texturas dentro e entre as faixas, devido a sua musicalidade e realização e um sentido acima do normal de alegria, eles conseguem de algum modo uma coerência sonora total incrível.

A alta qualidade de suas composições é um fator adicional de unificação. Verso-refrão-verso são amarrados e executados de uma maneira perfeita. A narrativa em terceira pessoa representada por “Simon Diamond” é um fator aparte, as guitarras sujas e um refrão gritado ao estilo rock fazem balançar o esqueleto em “Badman” enquanto isso uma viagem psicodélica o transporta para “Skeleton Key”.

Sim eles são bons, realmente bons, mas eles serão grandes um dia? Bem, a auto-confiança fica evidente na afirmação “I ain’t going down like that” em “I Remember When” que sugere que eles tem jeito pra coisa. No entanto, o sucesso em massa pode aprisioná-los em um gênero específico de bandas que tiveram sua capacidade minada pelo sucesso. Parece fácil de se perceber que o The Coral é incapaz de se auto confinar nessa prisão. Assim seu único defeito é que eles irão fazer você adorá-los.

Resenha:
Daniel Pike
Tradução: Paulo Grossi [PG]

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The Coral – Biografia

Posted by Paulo Grossi em agosto 16, 2006

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The Coral é um conjunto originário de Hoylake, uma pequena cidade na Península de Wirral em Merseyside, Inglaterra. O grupo foi formado em 1996 pelos colegas de escola James Skelly (guitarra/vocais), Bill Ryder Jones (guitarra/trompete), Lee Southall (guitarra/vocais), Paul Duffy (baixo/saxofone), e Ian Skelly (bateria). O sexteto começou a produzir seu próprio material assim que estes começaram aprender a tocar seus instrumentos apropriadamente. Eles foram descobertos em uma apresentação pelo ex-Shack Alan Wills, que ficou impressionado o suficiente para fechar um contrato entre eles e a gravadora Deltasonic Records.

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Um contrato com a Sony Records já estava a caminho, e assim o The Coral entrou no “mainstream” e no novo milênio com uma série de lançamentos que fez deles a nova sensação do Reino Unido. O primeiro lançamento dos caras foram a edição limitada de Shadows Fall EP em Julho de 2001, que foi seguida em dezembro por outro lançamento de tiragem limitada chamado de The Oldest Path. A crítica surgiu em cima deles agraciando os com resenhas elogiosas, coisa rara para uma banda formada por jovens de apenas dezenove anos, isso se deveu a uma apresentação do grupo em que estes tocaram uma versão cover da canção Get Up Stand Up de Bob Marley. Desse modo o single The Skeleton Key foi lançado antes do lançamento do álbum auto-intitulado The Coral de Agosto de 2002.

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A onda do “hype” foi tão forte com o The Coral que o álbum a atingiu já na primeira semana de venda o honroso quinto lugar nas paradas, e foi indicado em menos de 24 horas de seu lançamento para o prêmio Mercury de Música, prêmio esse oferecido pelo conceituado selo Mercury, responsável por artistas como Eric Clapton entre outros. O tema pirata (“We’ve set sail again!/We’re heading for the Spanish Main” cantado por James Skelly na faixa de abertura) alçou o grupo as alturas, e por todo o álbum se percebe um bau do tesouro lotado de influências musicais das mais diversas indo do folk a psicodelia, influências essas que levaram segundo a crítica, ao lançamento do melhor e mais inspirado álbum de estréia de uma banda em décadas.

O grupo respondeu aos fãs e a imprensa retornando logo ao estúdio para a produção de seu segundo álbum intitulado “Magic And Medicine”. Eles lançaram um single desse álbum com a música “Don’t Think You’re The First”, lançado em Março de 2003, servindo assim de degustação para o seu novo album e servindo para a banda atingir o Top 10 do Reino Unido (categoria singles). A elegante “Pass It On” fez o segundo Top 10 em Julho, quando o segundo album Magic And Medicine estreiou no topo das paradas no mês seguinte. O experimental mini-álbum de 2004 “Nightfreak And The Sons Of Becker” foi considerado fraco pelos críticos e teve um desempenho mediano nas paradas, mas isso serviu para demonstrar a falta de criatividade causada pela fadiga da banda.

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Porém nada dessa fadiga parece influenciar o mais novo álbum do grupo intitulado The Invisible Invasion, de 2005. São 12 faixas que mostram canções mais maduras e revigoradas, surpreendendo por sua excepcional qualidade e inventividade, usando e recriando ritmos criados por nada menos que Bob Marley, The Beach Boys, The Doors, entre outros. O destaque vai para o primeiro single “In the Morning”, que já atingiu o top # 1 das paradas inglesas.

Por enquanto, o número de integrantes da banda foi aumentado com a chegada do percursionista John Duffy.

DISCOGRAFIA:

The Coral
(Deltasonic/Columbia 2002)****
Magic And Medicine (Deltasonic/Columbia 2003)***
Nightfreak And The Sons Of Becker mini-album (Deltasonic/Columbia 2004)**
The Invisible Invasion (Deltasonic 2005)***

por Paulo Grossi [PG]

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Explosions in the Sky – Live at Reckless Records [Vídeo]

Posted by Paulo Grossi em agosto 14, 2006

Explosions in the Sky – Live at Reckless Records é uma apresentação do grupo na loja de discos Reckless Records em Chicago, IL no dia 11 de Junho de 2001, apresentação de improviso, diga-se de passagem, como vocês poderão perceber. Porém isso não tira o brilho do vídeo, pois este registra um momento singular banda.

A apresentação conta com as seguintes músicas: Yasmin The light, Once more to the afterlife e Greet Death, sendo a 1° e a 3° músicas extraídas do album “Those Who Tell The Truth Shall Die, Those Who Tell The Truth Shall Live Forever” de 2001.

Espero que curtam o vídeo e comentem!

Abraços

Paulo Grossi [PG]

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Explosions In The Sky – How Strange, Innocence [2000]

Posted by Paulo Grossi em agosto 10, 2006

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Se tem uma pergunta, cada vez mais comum por sinal, que ainda não consegui encontrar resposta é “o que é pós-rock afinal?

A urgência pela definição de convenções para esse novo gênero pode muito bem se justificar em virtude do crescente surgimento de novas bandas que optaram pelo estilo, aceitando a idéia de abrir mão dos vocais e concentrar o foco em frases de guitarras e criação de climas, atitude que invariavelmente carrega consigo a capacidade de convencer o público de que quatro ou cinco caras conseguem subir num palco e entreter um número de diferentes pessoas com diferentes aspirações musicais através de músicas desvinculadas do imediatismo, que exigem uma cumplicidade com o expectador.

Aí então fica a dúvida de como diabos existem bandas assim e como podem continuar surgindo novidades em uma vertente com tão poucos recursos para se inovar. Seria a demonstração cabal de que as pessoas cada vez mais procuram refúgios que lhes transmitam emoções verdadeiras? Ou seria um caminho para bandas com péssimos vocalistas?

A primeira apresentação do Explosions In The Skyexplosions-midlle4.jpg  aconteceu em agosto de 1999, mas pode-se dizer que o primeiro show de verdade aconteceu no festival Emo’s, em Austin, em janeiro de 2000. Um dos espectadores da apresentação da banda neste festival era a diretora de filmes independentes Kat Candler, que se encantou com a banda e pediu a eles que gravassem a trilha de seu novo filme, “Cicadas”, que estava em produção.

Aexplosions-midlle3.jpg  banda topou e gravou então aquilo que seria seu primeiro álbum, “How Strange, Innocence”. Este disco não teve muita circulação (foram editadas somente 300 cópias, pelo selo Sad Loud America) e muitas vezes nem é reconhecido como o debut do Explosions in the Sky, mas hoje suas poucas cópias existentes são itens valiosos, e muitos fãs considerem este o melhor trabalho do Explosions. E é exatemente este disco caro leitor que está a disposição de vocês agora, um disco que sintetiza de forma extraordinária tudo o que há de melhor na música desse grupo, que são os acordes mágicos do guitarrista Munaf Rayan, juntamente com uma bateria executada a perfeição por Chris Hrasky. Não é a toa que esses dois foram os idealizadores do grupo.

Um dos destaques é a faixas “Snow & Lights”, que possui mais de oito minutos de duração, e uma composição impecável e que alterna de forma brilhante sonoridades tão dispares quanto um solo deprê de guitarra para uma explosão sensacional da bateria, estilo esse que percorre várias músicas do disco, diga-se de passagem.

Outro destaque fica por conta da quinta faixa “Glittering Blackness”, que abusa da sonoridade mais down da banda, mas que sabe também alternar esse clima mais pra baixo com uma idéia de felicidade que é facilmente percebida na medida em que a música tenta fugir desse clima, o que transforma essa faixa em minha opinião a melhor do disco.

Chega de história e vamos direto ao que interessa com vocês Explosions In The Sky em seu disco de estréia How Strange, Innocence!

por Paulo Grossi [PG]

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